Sete características de um cristão

image O apóstolo Paulo quando escreveu esse texto de Gálatas - 6 - 17 : 17  estava se referindo às cicatrizes que ele trazia no corpo, fruto das perseguições pela causa de Cristo. Os Judeus tinham como marca, ou seja, como selo, a circuncisão. Já os sacerdotes dos deuses pagãos tinham marcas em seu corpo – feitas com ferro em brasa – que identificavam o deus que eles serviam. Paulo mostra nesse texto, que em contraste com a marca da circuncisão – presente no corpo dos judeus – e com outras marcas presentes no corpo de pessoas que não serviam a Deus, ele tinha cicatrizes que o marcavam e provavam o quanto ele havia se tornado um escravo de Cristo. Ou seja, Paulo tinha marcas que revelavam que ele era um cristão.

Essas marcas surgiram, justamente, porque outras marcas afloraram na vida de Paulo e revelaram o quanto ele era um cristão. Por tal razão é que ele foi tão perseguido e marcado pelas cicatrizes.

Geralmente quando se fala nas marcas de Cristo em uma pessoa, lembra-se logo de: amor, alegria, esperança, certeza da salvação etc.. Entretanto, queremos falar de outras marcas, menos lembradas, mas tão importante quanto as acima citadas. Queremos falar de algumas marcas, que, assim como as demais, no dia a dia, caracterizam uma pessoa como cristã. Queremos falar, entre tantas, SETE CARACTERÍSTICAS QUE IDENTIFICAM UM CRISTÃO, conforme esmiuçadas a seguir:

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    1. Capacitado (2ª Cor. 3:5) – “Não que sejamos capazes, por nós mesmos, de pensar alguma coisa como se partisse de nós mesmos, mas a nossa capacidade vem de Deus”.

    Ser capacitado, aqui, não quer dizer aquela pessoa que tem habilidades inatas, ou que tem conhecimentos empíricos ou adquiridos nos bancos de uma universidade. Isto ajuda, mas, ser capacitado aqui significa ser uma pessoa que tem o desejo de satisfazer os interesses de Deus.

    OU SEJA, UM CRISTÃO DEVE PROCURAR ENTENDER COMO A SUA VISÃO E OS SEUS OBJETIVOS PODEM SATISFAZER OS INTERESSES DE DEUS.

    É por não fazerem isso que tantos saem da visão. Tantas igrejas ensinam heresias. Tantos irmãos têm práticas reprováveis. Falta-lhes o interesse de satisfazerem a Deus. Ser capacitado é deixar que Deus diga quando, onde e como ser usado por Ele. É essa capacitação que deve ser espelhada na vida do cristão.

    2. Racional (Romanos 12:1-2) – “Portanto, rogo-vos, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.

    A sabedoria das pessoas está degenerada. A capacidade de pensar é utilizada para achar-se que é possível viver sem Deus. Fomos seres criados à imagem e semelhança de Deus. Como portadores da imagem de Deus, somos racionais, ou seja, pensamos. Entretanto, o pecado, lá no Éden, desfigurou essa imagem. Então, continuamos portadores da imagem de Deus, mas em razão desta imagem estar distorcida, a nossa capacidade de pensar, assim como as demais capacidades, foi redirecionada para uma superficialidade. Assim, tratamos o pecado superficialmente.

    A verdadeira mudança, que caracteriza um cristão, segundo Paulo, requer muito mais que a alteração de um comportamento pecaminoso. A verdadeira mudança exige que adentremos a esfera obscura da nossa mente e aprendamos o que significa deixar que o Espírito de Deus nos renove em nosso modo essencial de pensar. É isto que significa transformação pela renovação da mente.

    3. Imitador de Cristo (1ª Cor. 11:1) – “Sede meus imitadores como também eu sou de Cristo”.

    (1ª Pedro 2:21) – “Para isto fostes chamados, porque também Cristo padeceu por vós, deixando-vos o exemplo, para que sigais as suas pisadas”.

    (1ª João 2:6) – “Aquele que diz que está nele, também deve andar como Ele andou”.

    Ser cristão é ser imitador de Cristo; é seguir o exemplo de Cristo; é agir como Cristo agiria se Ele estivesse no nosso lugar. É se portar com a consciência de que os pensamentos, palavras e atitudes precisam ser semelhantes aos pensamentos, palavras e atitudes de Cristo.

    4. Servo (Col. 3:23-24) – “E tudo o que fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor, e não aos homens, sabendo que recebereis do Senhor a recompensa da herança. É a Cristo, o Senhor, que serves”.

    A lógica de Deus é inversa a dos homens. Há muitas pessoas querendo ser usadas na Obra de Deus, mas o querem fazer somente em lugares de destaque. Dessa forma não são usadas nunca e ficam sentadas nos bancos das igrejas, achando que o pastor não as ama, Deus não as ama etc..

    Ser servo é estar disponível para trabalhar para Deus. Ser servo é estar pronto para ajudar pessoas independentemente de ter afinidade com elas ou não. É estar pronto a abrir mão de determinadas coisas mesmo que isto pareça uma perda, pois, na obra de Deus se ganha quando se “perde”. Torna-se o maior tornando-se, em primeiro lugar, o menor.

    Hoje em dia as pessoas vêm a Deus porque querem ficar curadas de uma enfermidade; porque querem um carro novo; porque querem que o marido deixe de beber; porque querem que o filho deixe de se drogar etc. Mas não vêm a Deus porque querem servi-Lo. Falta-lhes o desejo essencial: o serviço a Deus de todo o coração.

    5. Temente a Deus (Pv. 8:13) – “O temor do Senhor é odiar o mal”;

    (Pv. 10:27) – “O temor do Senhor aumenta os dias”;
    (Pv. 14:27) – “O temor do Senhor é uma fonte de vida”;
    (Sl 111;10) – “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria”.

    Temer a Deus é diferente de ter medo de Deus. Muitas pessoas não praticam determinadas coisas, porque têm medo das conseqüências de suas atitudes. Assim, não adulteram, por exemplo, porque temem perder o seu cônjuge. Ou, ainda, não freqüentam determinados lugares, porque têm medo de serem castigadas por Deus etc.

    Entretanto, temer a Deus é respeita-Lo e procurar fazer a Sua vontade para que Ele se sinta glorificado com as atitudes dos seus servos. Os textos supratranscritos mostram o que é temer ao Senhor e quais os benefícios que esse temor traz para a pessoa temente.

    Vê-se, portanto, que o temor a Deus é muito mais profundo e muito mais benéfico do que o medo de Deus.

    6. Aceito na comunidade (1ª Tm 3:7) – “Também é necessário que ele tenha bom testemunho dos de fora, a fim de não cair em opróbrio (desonra), e no laço do diabo”.

    Comunidade, aqui, implica a de dentro e a de fora. A de fora, por sua vez, implica: trabalho, vizinhos, casa etc.. Ser aceito na comunidade significa que a pessoa deve ter uma vida irrepreensível. Isto não quer dizer concordância dos outros com tudo que o cristão faz, mas, que as atitudes dele não são reprováveis.

    As pessoas de fora – assim como as de dentro – podem até não concordar com determinadas decisões ou atitudes do cristão. Entretanto, não podem ter subsídios para condenar essas atitudes. Se elas – as atitudes –forem corretas, subsumidas à vontade de Deus, não servirão de base para acusações ou coisas do gênero.

    7. Obediente (2ª Cor. 10:5) – “Derrubamos raciocínios e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo pensamento à obediência de Cristo”.

    A desobediência tem sido a causa de tantos fracassos espirituais. O pecado é, justamente, a desobediência aos preceitos de Deus. O “errar o alvo” traçado por Deus. Há muitas pessoas se dizendo cristãs e cultivando verdadeiros “pecados de estimação”. Ser obediente a Cristo é fazer com que as atitudes e pensamentos estejam enquadradas nos ensinos de Cristo.

    Note-se, que após a análise dessas sete características, pode-se formar um acróstico com as mesmas:
    C apacitado
    R acional
    I mitador de Cristo
    S ervo
    T emente a Deus
    A ceito na comunidade
    O bediente

    Isto serve para lembrar que as atitudes acima referidas devem estar arraigadas na vida de um cristão. Ninguém tem o direito de dizer que é um cristão se tais atitudes não estiverem presentes em sua vida, pois do contrário, seria uma afronta ao próprio Cristo, que, antes de tudo, ensinou tais atitudes com a prática. Portanto, esforcemo-nos para aplicar tais ensinamentos em nossas vidas e, para tanto, Deus nos ajude.

    Autor: Valter Vandilson Custódio de Brito

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