Nunca a religião foi tão utilizada como marketing político como está sendo agora pelos candidatos a Presidência da República, Dilma Roussef e José Serra.
A primeira, talvez por ter sido a mais atacada por segmentos das religiões católica e evangélicas, tem buscado estar sempre acompanhada de pastores, padres e bispos em seus comícios.
No sábado passado, em São Miguel Paulista, zona leste de São Paulo, seu comício foi precedido pelo pastor Melo e pelo padre Julio Lancelotti que, enquanto a candidata não chegava acompanhada do presidente Lula, entretinham o público com discursos e orações.
Padre Júlio destacou a presença de 20 religiosos no palco para mostrar o apoio à candidatura de Dilma. “Nós não temos medo. Nós não vamos esconder nosso rosto”, disse ele, que defendeu o afastamento do “demônio da mentira e da injustiça”.
“O Deus da Bíblia é o Deus dos pobres, dos desvalidos, dos que estão caindo à beira do caminho”, afirmou.
Já o candidato do PSDB, José Serra, passou o fim de semana associando seus comícios de campanha com eventos religiosos. Ele esteve na cidade de Canindé, no Ceará, onde assistiu, na tarde de sábado, a uma missa na Basílica de São Francisco das Chagas onde estavam reunidos milhares de romeiros.
Porém, o candidato teve uma surpresa desagradável no final da cerimônia religiosa, quando o padre celebrante afirmou não serem verdadeiros os panfletos que circulavam na igreja e acusavam a candidata Dilma Roussef de ser a favor do aborto e de ter envolvimento com grupos terroristas como as Forças Armadas da Colômbia (Farc). Ele afirmou que as mensagens estavam sendo atribuídas a igreja, mas que ela não havia autorizava este tipo de publicação em seu nome.
O senador Tasso Jereissati, que acompanhou a missa ao lado de José Serra, se exaltou e afirmou que era um “padre petista” como aquele que estava “causando problemas à igreja”. Outros partidários do tucano também se exaltaram, e o padre saiu escoltado por seguranças.
Nenhum membro da administração da paróquia confirmou o nome de padre. Disseram apenas que ele não era da cidade.
Fonte: Jornal Mundo Gospel
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