“Usar lenços e toalhas ungidas para curar os enfermos é bíblico? Se não é, porque os milagres acontecem?”.
O texto de Atos 19.11-12 diz os seguinte: “E Deus, pelas mãos de Paulo, fazia maravilhas extraordinárias, de sorte que até os lenços e aventais se levavam do seu corpo aos enfermos, e as enfermidades fugiam deles, e os espíritos malignos saiam”. Esta é uma das passagens mais usadas para defender esta “doutrina”. Vamos analisá-la em partes, usando uma boa exegese. Vou fazer algumas perguntas, e as respostas têm de vir dos versículos supracitados:
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a) Quem fazia maravilhas extraordinárias? “E Deus…”
b) Pelas mãos de quem se faziam coisas maravilhosas? “…pelas mãos de Paulo…”
c) O que foi levado de Paulo aos enfermos? “…os lenços e aventais se levavam do seu corpo…”
d) Quando Paulo ungiu os lenços e aventais? “…”
e) Paulo distribuiu os aventais e lenços? “…”
f) Onde Paulo ensinou que tal procedimento era necessário para a cura e libertação dos espíritos malignos? “…”
E mais uma pergunta: Onde Jesus ensinou tal doutrina? “…”
Há outras passagens, como João 9.5-7, que poderiam ser analisadas. Mas basta uma leitura um pouco mais atenta para verificar que são apenas casos especiais, e não doutrinas. Não são modos-padrão de operação. Tomar estes textos como doutrina é ir além do que a Bíblia ensina.
Com respeito aos testemunhos de curas, podemos atribuir a eles alguns fatores:
1. A misericórdia de Deus que sobrepassa todo entendimento pode ser uma das causas (Mt 14.14);
2. Alguns milagres podem ter origem diabólica, com o intuíto de promover o engano (2Ts 2.9-12);
3. As coincidências não devem ser descartadas: Não é difícil encontrar em meio a uma multidão de 50 mil pessoas, umas 10 que realmente tenham sido “curadas”. A explicação pode estar na defesa natural do próprio organismo.
4. Auto-sugestão: Muitas pessoas testificam porque realmente pensam que foram curadas. Alguns dias depois, porém, os sintomas voltam a aparecer, o que denota que a cura foi uma farsa, produto de indução psicológica.
A Bíblia é nossa regra de fé e de prática. Qualquer acréscimo deve ser desconsiderado, assim como retirar partes dela. Ainda mais quando contraria ou distorce o que a Palavra de Deus diz. Pior do que a mentira é a perversão da verdade.
Adaptado do artigo do NAIPEC. Fonte: Bereianos / Pulpíto Cristão. Vi no InforGospel
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Na TV brasileira assistimos alguns exemplos de utilização de objetos como forma alcançar a fé. Selecionamos alguns vídeos do Reverendo João Batista
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