Texto básico: Cl 3.12-17
Deus tomou a iniciativa de reconciliar consigo o mundo. Ele imputou a Jesus Cristo as ofensas dos homens; fez o Filho morrer em nosso lugar; pagou, com o sangue de Jesus, a nossa dívida; entregou o inocente para declarar paz aos culpados. Dessa maneira, em Cristo, Deus oferece o perdão dos pecados a todo homem.
Assim como todo dom, essa graça é, não só uma oferta, como também uma demanda. Afinal, o perdão de Deus não só perdoa, como também capacita o perdoado a perdoar. Nesse sentido, a reconciliação é, não só uma obra de Deus, como também um ministério para o qual somos chamados. Deus espera que os que foram reconciliados pela fé em Cristo vivam perdoando, assim como são perdoados.
Mais do que isso, Ele espera que o imitemos, como filhos amados, tomando a iniciativa da reconciliação com o nosso próximo. Se ofendemos, devemos procurar nos reconciliar com o ofendido, como se tivéssemos ofendido a Cristo. Se fomos ofendidos, devemos procurar nos reconciliar com o ofensor, como Cristo fez para conosco. Portanto, ofensor ou ofendido, devemos reconceber nossas relações humanas em relação a Cristo, por meio de quem Deus nos reconciliou consigo mesmo.
Para entender o que a Bíblia fala
Qual é a motivação para o cristão tomar a iniciativa da reconciliação com o próximo (Cl 3.12-13)?
Quais são as atitudes que fornecem o contexto adequado para uma iniciativa de reconciliação (Cl 3.12; veja também Gl 5.22)? Delas, qual é a principal (3.14; ver também I Co 13.1-7)? (De acordo com Hb 13.1 e 3, qual é a essência dessa atitude? Nesse sentido, o que significaria praticá-la em uma situação em que alguém está se sentindo ofendido?)
O que caracteriza o coração do cristão que procura manter-se vinculado com o próximo em reconciliação (Cl 3.15-16)? Por contraste, o que deve ocorrer no coração daquele que mantém uma inimizade?
O que significaria falar e agir como representante do Senhor Jesus (Cl 3.17) em uma situação de ofensa e inimizade (Cl 3.13)?
Hora de avançar
“(…) toda ira, separação ou ruptura assumem uma dimensão triangular: eu, meu irmão (ou inimigo) e Deus.”
Para pensar
Nosso pecado ofende a Deus e, assim, coloca-nos em grande dívida para com Ele. Contudo, Ele mesmo pagou a dívida e sofreu a vingança da ofensa na pessoa do Filho, o qual derramou seu sangue na cruz por nós. Somos perdoados! Deus tomou a iniciativa de se reconciliar conosco, mesmo sendo Ele o ofendido.
Como devemos viver em resposta a esse perdão? Como não ser gracioso, tendo recebido tamanha graça? Deus nos convida a imitá-lo; a vencer o mal com o bem; a sofrer a injustiça, encomendando as nossas almas a Ele, o Justo Juiz. Quando nos sentirmos impelidos a julgarmos o próximo, que possamos nos ver como réus que foram por Deus absolvidos. Quando formos condenáveis, que possamos ser prontos a nos arrependermos e a pedirmos perdão. Em toda a nossa vida, como ofendido ou como ofensor, que a misericórdia triunfe sobre o juízo; que a reconciliação seja a nossa experiência em relação a Deus e a nossa iniciativa em relação ao próximo!
O que disseram
“Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade.” (I Jo 3.18)
“Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?” (I Jo 4:20).
Para responder
Você tem perdoado como Cristo o perdoou? Quão difícil tem sido para você perdoar/pedir perdão? Como sua facilidade/dificuldade se relaciona com a sua percepção do perdão de Deus oferecido a você?
Quando você tem pedido perdão ou perdoado, você tem tomado essa iniciativa de reconciliação com as atitudes que devem acompanhá-la? Ou a reconciliação tem consistido em palavras e ações isoladas, mecânicas?
De boa consciência, você pode dizer que tem o coração dominado por paz e gratidão quando pensa nas pessoas com quem convive? Ou sentimentos de “guerra” e reclamação enchem seu coração ao pensar em alguém do seu convívio?
Você poderia dizer que você tende a falar e agir como um representante de Cristo em iniciativas de reconciliação?
Eu e Deus
Ninguém pode dar o que não recebeu. Exponha-se ao amor e perdão de Deus, manifesto em Jesus Cristo, como registrado na Palavra. Deixe-se encher pelo Espírito, para que ele produza o seu fruto, gerando paz com Deus e com o próximo. Seja um mensageiro da graça do perdão. Perdoe como Cristo perdoou e peça perdão como se tivesse ofendido a Ele. E, então, sinta a paz encher seu coração e testemunhe novidade de vida nos seus relacionamentos.
Fonte: Ultimato
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