Palavras agradáveis

imagesColossenses 4:6, que diz: “O seu falar seja sempre agradável e temperado com sal, para que saibam como responder a cada um.

Falar bem é importante. Quem usa as palavras com discernimento, poderá alcançar bons relacionamentos, um bom emprego, a admiração das pessoas. Mas falar bem não se limita a possuir um amplo vocabulário. Mas, acima de tudo, ao domínio da própria língua, ou seja, à moderação em nossas palavras. Sabemos que sendo a língua um órgão tão pequeno, muitos de nós temos dificuldade em domá-la. De fato, grande parte das pessoas não a domina, mas se deixa dominar por ela, falando o que, quando e a quem não deve falar.

Como, porém, não ser desagradável numa área tão importante da vida, que é a fala? A Bíblia dispõe de ensinamentos essenciais a este respeito.

Em primeiro lugar, profiramos palavras brandas.

A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira, diz o sábio em Provérbios 15:1. Toda ação poderá produzir uma reação. Uma palavra de elogio poderá culminar em uma resposta de gratidão, mas uma palavra de ira poderá resultar em respostas agressivas e grosseiras, capazes de macular os relacionamentos entre as pessoas.

A ira causa separação. Há filhos brigados com os pais. Há irmãos que não se suportam. As agressões verbais entre casais são deploráveis. Muitas tragédias familiares se iniciam com apenas uma pequena faísca de ira. Cuidado. O nosso exemplo é Cristo. Ele mesmo nos convida: aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração (Mt 11:29). A mansidão e a humildade não são iracundas, mas pacientes. Essas qualidades nos ajudam a respeitarmo-nos uns aos outros.  A ira causa temor, mas só amor nos constrange ao bem.

Em segundo lugar, evitemos o falso julgamento.

Em Colossenses 3:8 somos alertados a nos despojar da maledicência. Além da ira, a maledicência também fere corações, destrói relacionamentos e mata pessoas. O que é maledicência? É a fala abusiva contra Deus e contra as pessoas. É difamação e injúria contra a reputação alheia.

Muitos se consideram espirituais, mas vivem denegrindo a reputação alheia, acusando sem provas, criando contendas e abalando o corpo de Cristo. Contudo, os verdadeiros cristãos espirituais manifestam, em sua vida, o fruto do Espírito. A temperança ou domínio próprio é uma virtude desse fruto. Então, sejamos temperantes nas palavras que saem de nossos lábios. Evitemos falar algo, sem antes, pensarmos nas consequências que isso causará. Rejeitemos o julgamento precipitado, as fofocas e os boatos.  

Em terceiro lugar, utilizemos a decência.

Colossenses 3:8 no ensina também a nos despojarmos da linguagem obscena do nosso falar. Em outras palavras, o que o escritor da carta nos orienta é a adotarmos uma linguagem pura, desvencilhada de palavrões e de palavras de duplo sentido.

O ensino contido na carta aos Efésios 5:3-4 é semelhante. Assim está escrito: ...qualquer tipo de imoralidade sexual, indecência ou cobiça não pode ser nem mesmo assunto de conversa entre vocês. Não usem palavras indecentes, nem digam coisas tolas ou sujas, pois isso não convém a vocês.

Qual tem sido o assunto de nossas conversas na roda de amigos? Que tipo de piadas temos tido interesse em contar ou em ouvir? Que pensamentos permeiam, de modo constante, nossa mente? O que sai de nosso coração edifica ou contamina? Lembre-se: geralmente falamos o que provém do nosso coração. Sejamos puros em nosso falar.

Em quarto lugar, sejamos verdadeiros.

  Colossenses 3:9 nos adverte: Não mintais uns aos outros, uma vez que vos despistes do velho homem com seus feitos. A mentira leva à fraude e à corrupção. Ela lança abaixo a confiança por anos conquistada por alguém. A mentira é uma característica de Satanás. Este mente desde o princípio. Mas Deus, por sua vez, rejeita a prática da mentira. Cristo é a verdade e recebe, com prazer, os verdadeiros adoradores.

Portanto, se quisermos ser parecidos com Jesus e imitá-lo, é preciso que de nossos lábios saiam palavras verdadeiras. A verdade é um princípio irrevogável. Não podemos ignora-la no que diz respeito às nossas palavras. Paulo escreveu, em sua carta aos Efésios 4:25: ...deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu próximo, pois somos membros uns dos outros.

Concluindo esta reflexão, quero enfatizar a afirmação de Colossenses 3:9, de que nos despimos do velho homem com os seus feitos. Será que isso tem a ver com nossas palavras? É claro que sim. Os nossos pensamentos não são os de antes, quando éramos dominados pelo pecado. Nossas palavras não mais são indecentes. Temos a mente de Cristo. Uma mente cristocêntrica produz palavras que curam, que restauram, que edificam e que pacificam. Amém.  

Via Por dentro da Bíblia

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