Originalidade é o objetivo. Em cada dez adolescentes, nove estão buscando ser originais custe o que custar. Seja no estilo do jeans, na cor do tênis, na combinação de adereços. A intenção é clara: quanto mais diferente e quanto mais atenção chamar, melhor. É uma corrida do tipo vale-qualquer-coisa. Um piercing, dois, três, quem sabe quatro. Ou mais! Tatuagens. Franjas. Cabelos verdes ou laranjas. Tatuagens para os olhos. Isso mesmo, você leu direito, tatuagem para os olhos! Já existe. Só de imaginar um globo ocular sendo tatuado, estremeço, é como se fosse comigo. E a busca por ser diferente continua. Fones, celulares, bugigangas digitais, gírias, maquiagens, bares etc. Então, surge a pergunta: estão conseguindo?
A conclusão de uma reportagem sobre Justin Bieber e o Grupo Restart acha que sim. Depois de mostrar vários adolescentes numa balada com o estilo dos jovens ídolos e afirmar que a balada era a maior concentração de Justin Bieber e Restart por metro quadrado, o repórter termina afirmando: esta é uma geração que aceita as diferenças, é plural e aceita vários estilos. A minha conclusão é que a conclusão do repórter foi equivocada, afinal, nada mais igual e pouco original do que a proliferação de imitações de ídolos populares.
Ao tentar ser diferente de tudo e de todos, esta geração acaba sendo exatamente o que não queria ser: igual. Faça a experiência. Observe uma praça de alimentação num shopping qualquer, um bar, uma fila para entrar numa balada. Observe. A busca pelo estilo diferente acaba por deixar todos iguais. As piadas são iguais, as caras e bocas são iguais, até as risadas são iguais. E por que isso acontece? Porque a mídia descobriu como tratar a todos nós como meta, alvo, número. Não somos obrigados a nada, mas somos diariamente seduzidos a tudo. Uns não caem, mas muitos se deixam seduzir sem perceber.
Esta é uma situação paradoxal. O mundo incentiva você a aceitar as diferenças e ser diferente, mas faz de você um igual, simplesmente mais um. Cristo convida você para uma comunhão e salvação onde todos são iguais, recebem bênçãos iguais e perdão igual, mas respeita as diferenças e individualidades tratando cada pessoa como um ser único e exclusivo. Em Cristo inexiste cor, língua, classe social, são ou doente. Todos têm igual acesso as promessas eternas, pois ainda que sejam diferentes nas histórias, são iguais na esperança.
Somos todos iguais sendo diferentes. E diferentes, sendo iguais. Ele, o Criador das culturas e regionalidades é o único que nos torna um. Um povo formado pela mistura de toda raça, língua, tribo e nação em torno do único Deus. O Deus sem igual que nos ama de forma diferente, a forma perfeita, sacrificial e maravilhosamente salvadora.
Paz!
Pr. Edmilson Mendes. Vi no UMAP Oliveira dos Brejinhos
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