Marcos é o evangelho da ação. Jesus está em constante movimento: Ele é batizado, vai para o deserto, é tentado, prega a palavra, comissiona os primeiros discípulos, cura um endemoninhado, a sogra de Pedro, um leproso, um paralítico, um homem de mão ressequida, um cego, a filha de Jairo, uma mulher com fluxo de sangue…
Da para cansar só de ler! Quanta disposição! Não tinha tempo nem de comer (Mc 6:31). Com tanto trabalho realizado, Jesus ganha muitos seguidores. Fica famoso. Já no primeiro capítulo do evangelho sua fama havia crescido, todos te buscam, diziam os discípulos (Mc 1:37). Ele, porém, não se empolgou com a aparente “fama”.
Para os discípulos “Jesus famoso” era ótimo. Imagine o quanto eles não ganhariam prestígio com isso. Quando Jesus começa a ensinar que Filho do homem sofreria, seria rejeitado e iria morrer (Mc 8:31), os discípulos não assimilam bem a idéia! Eles estavam acostumados com os milagres, com os elogios do povo, com a popularidade. Pedro, impulsivo como sempre, toma frente, se manifesta, repreende Jesus!?
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Ele havia confessado que Jesus era o Cristo (Mc 8:29). Para Pedro era inconcebível a idéia de que Jesus iria sofrer ou morrer. Ele o levou a um lado e chamou sua atenção: “O Senhor não deve dizer coisas assim” (Mc 8:32 – BV). Era melhor ele não ter dito nada, Jesus… repreendeu a Pedro e disse: Para trás de mim, Satanás! (Mc 8:33).
Pedro olhava para a vida de um ponto de vista humano, Jesus enxergava do ponto de vista divino: Ele sabia que deveria perder para ganhar. Perder a sua vida para resgatar a vida de muitos. Trilhar o doloroso caminho até a cruz, para depois ser recebido triunfantemente no céu. Ganho mediante a perda… Não é fácil compreender, mas é preciso!
A multidão e os discípulos aprenderiam isso naquela ocasião: Então chamando a si a multidão e juntamente os seus discípulos lhes disse: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me (Mc 8:34). “O que?”, alguns devem ter perguntado. “Será que eu ouvi direito?”, “Tomar uma cruz?”, “Não é possível!”
Eles sabiam o que significava carregar a pesada cruz romana. Essa pena era dispensada aos prisioneiros mais perigosos. Carregar a cruz até o madeiro significava submissão ao poder de Roma. Jesus usa a ilustração para demonstrar a submissão requerida aos seus seguidores. Ainda existe uma cruz! Não se esqueça disso.
Jesus continua: Pois quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, mas quem perder a sua vida por causa de mim e do evangelho, esse a salvará (Mc 8:35). Essa frase não deve ter soado muito bem nos ouvidos de quem a ouviu pela primeira vez.
Ninguém gosta de perder. Queremos que o nosso time seja campeão, nos esforçamos duramente para sermos aprovados nos concursos (em primeiro lugar de preferência), desejamos ser vitoriosos no trabalho, na igreja, na família, gostamos de destaque, adoramos o triunfo! Parece que o ensino de Jesus contraria toda lógica humana: Sofrer, morrer, perder…
Pode até parecer estranho, mas essa é a verdade: Se você insistir em salvar a sua própria vida, você a perderá. Somente aqueles que põem de lado a sua vida por minha causa e por causa da Boa Nova é que saberão o que realmente significa viver (Mc 8:35 – BV). Se atire sem reservas nos braço de Cristo!
Deixe que Ele comande a sua vida. Sempre.
Fonte: FUMAP
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