Saindo dos extremos

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Deus nos castiga sempre que erramos ou sempre nos deixa fazer o que queremos? Este é o dilema em que nos coloca a nossa facilidade por posições extremas. Tendemos a imaginar Deus como um tirano ou como um pai permissivo demais.

Nem tirano, nem permissivo. Deus é justo, e isso implica que a sua justiça não nos seria manifesta, se ele nos castigasse por todos os nossos erros, e na intensidade que merecemos, se não nos tratasse como seres humanos, mas como pessoas que devessem ser tão isentas de pecado quanto ele.

É por ser justo que Deus exerce sua misericórdia conosco e lembra que somos limitados e imperfeitos. Ele entende nossas fraquezas e, por isso, não nos trata segundo os nossos pecados (Sl 103:1-17; Lm 3:22-23; Mq 7:18-19). Isso não significa que podemos abusar da sua compaixão. O ensinamento que essa verdade nos traz é que, assim como ele é justo conosco e lembra que somos falhos, devemos ser justos com nossos semelhantes e não lhes cobrar além de suas condições.

Não devemos confundir justiça com tirania, nem misericórdia com permissividade. A tirania é a ausência de compaixão, e seu oposto é a permissividade. Uma pessoa tirana não leva em conta as limitações do outro, não sabe se colocar no lugar do outro para entendê-lo. Por outro lado, a justiça não é o oposto da misericórdia, mas sua aliada. Por isso, ser justo implica compreender o outro e ser misericordioso.

Assim é o nosso Deus: jamais permissivo, mas cheio de misericórdia; jamais tirano, mas justo o bastante para não nos deixar permanecer no erro.

Por Eudoxiana Canto Melo, Via PC@maral

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